Diante
do mal não devemos ficar calados, diz o Papa em mensagem pela Quaresma 2012
Vaticano, 22 Fev. 12 / 10:09
am (ACI/EWTN Noticias)
Em sua mensagem para a
Quaresma 2012, o Papa Bento XVI alentou os católicos a recuperarem a correção
fraterna porque diante do mal não devemos ficar calados.
No texto titulado “Prestemos
atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras”
apresentado em conferência de imprensa no Vaticano, o Santo Padre recordou “um
aspecto da vida cristã que me parece esquecido: a correção fraterna, tendo em
vista a salvação eterna”.
Hoje em dia, disse o Papa,
“se é muito sensível ao tema do cuidado e do amor que visa o bem físico e
material dos outros, mas quase não se fala da responsabilidade espiritual pelos
irmãos. Na Igreja dos primeiros tempos não era assim, como não o é nas
comunidades verdadeiramente maduras na fé, nas quais se tem a peito não só a
saúde corporal do irmão, mas também a da sua alma tendo em vista o seu destino
derradeiro”.
Depois de recordar que
“Cristo mesmo nos manda repreender ao irmão que está cometendo um pecado”, o
Santo Padre ressaltou que “Não devemos ficar calados diante do mal. Penso aqui
na atitude daqueles cristãos que preferem, por respeito humano ou mera
comodidade, adequar-se à mentalidade comum em vez de alertar os próprios irmãos
contra modos de pensar e agir que contradizem a verdade e não seguem o caminho
do bem”.
“Entretanto a advertência
cristã nunca há de ser animada por espírito de condenação ou censura; é sempre
movida pelo amor e a misericórdia e brota duma verdadeira solicitude pelo bem
do irmão”, precisou.
O Papa sublinhou logo que
“neste nosso mundo impregnado de individualismo, é necessário redescobrir a
importância da correção fraterna, para caminharmos juntos para a santidade”.
Bento XVI explicou também
que a Quaresma um tempo para refletir sobre a caridade e assegurou que “um
tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos
Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio
e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal”.
“À vista de um mundo que
exige dos cristãos um renovado testemunho de amor e fidelidade ao Senhor,
sintam a urgência de esforçar-se por adiantar no amor, no serviço e nas obras
boas. Este apelo ressoa particularmente forte neste tempo santo de preparação para
a Páscoa.”, assegurou.
O Papa assinalou que em meio
de um mundo que está acostumado a ser indiferente ou desinteressado para com
outros, necessário “fixar o olhar no outro, a começar por Jesus, e a estar
atentos uns aos outros, a não se mostrar alheio e indiferente ao destino dos
irmãos”.
“Também hoje ressoa, com
vigor, a voz do Senhor que chama cada um de nós a cuidar do outro. Também hoje
Deus nos pede para sermos o «guarda» dos nossos irmãos, para estabelecermos
relações caracterizadas por recíproca solicitude, pela atenção ao bem do outro
e a todo o seu bem”.
O Santo Padre assinalou na
mensagem que “O grande mandamento do amor ao próximo exige e incita a
consciência a sentir-se responsável por quem, como eu, é criatura e filho de
Deus: o fato de sermos irmãos em humanidade e, em muitos casos, também na fé
deve levar-nos a ver no outro um verdadeiro alter ego, infinitamente amado pelo
Senhor”.
Bento XVI indicou que as
pessoas devem superar o olhar sobre os próprios interesses e preocupações, para
poder olhar o outro: “sempre devemos ser capazes de «ter misericórdia» por quem
sofre; o nosso coração nunca deve estar tão absorvido pelas nossas coisas e
problemas que fique surdo ao brado do pobre”.
“Diversamente, a humildade
de coração e a experiência pessoal do sofrimento podem, precisamente,
revelar-se fonte de um despertar interior para a compaixão e a empatia: «O
justo conhece a causa dos pobres, porém o ímpio não o compreende»”, acrescenta.
O Papa referiu além que ser
“guardiães” de outros “contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida
unicamente à dimensão terrena, deixa de considerá-la na sua perspectiva
escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da liberdade individual”.
“Uma sociedade como a atual
pode tornar-se surda quer aos sofrimentos físicos, quer às exigências
espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na comunidade cristã!”,
precisou.
O Pontífice se referiu
também ao chamado pessoal à santidade que tem todo cristão, através da vivencia
do amor plasmado em obras boas para que Igreja cresça e se desenvolve para
chegar “à plena maturidade de Cristo”.
O Papa Bento XVI adverte
logo do perigo da tibieza, que deve ser superada, para pôr em obra as “riquezas
espirituais ou materiais úteis para a realização do plano divino, para o bem da
Igreja e para a nossa salvação pessoal”.
A mensagem na íntegra de
Bento XVI pode ser lida no site do Vaticano em português em:
Catequese Crismal: http://crismaconfirmacao.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar!
Que o SENHOR Jesus, nosso Deus e Amigo, cuide imensamente de você e toda sua família!