Definição
A palavra católico  vem do grego ´´catholikón´´, que quer dizer geral, universal, em sentido  contrário a particular.
Desde a sua origem a  Igreja fundada por Jesus, sobre Pedro e os Apóstolos, é universal, católica. Foi  este desejo do Senhor, quando enviou os seus apóstolos a todos os  povos:
Ide por todo o mundo  e pregai o Evangelho a toda criatura(Mc 16,16).
É Cristo quem quis,  desde a sua origem, que a Igreja fosse universal. Nenhuma Instituição humana  está presente em toda a face da terra como a Igreja católica.
Na maioria dos países  ela está presente, com o representante do Papa, o Núncio Apostólico, os Bispos,  os sacerdotes, diáconos e fiéis. É a única Instituição que fala todas as línguas  dos homens, como Jesus quis.
Catolicidade
A catolicidade da  Igreja tem vários aspectos:
1. Geográfico e  antropológico.
É o aspecto externo,  e que significa a abertura para todos os homens e mulheres de todos os tempos e  lugares da terra.
2. Pessoal,  ontológico.
Significa que a  Igreja é a depositária de toda a Verdade revelada pela Bíblia (escrita), e pela  Tradição (oral); e recebeu de Cristo a plenitude dos meios da Salvação, como  enfatizou o decreto do Concílio último sobre o Ecumenismo (UR,  3).
Deus deu à sua Igreja  um caráter universal porque quer que todos os homens se salvem e cheguem ao  conhecimento da verdade(2Tm 2,1-5). Essa verdade que salva foi confiada à Igreja  por Jesus, para ser levada a todos os homens.
O Pai quis e quer o  Cristo e a Igreja como sacramento universal da salvação.
Cristo é o Salvador  único de todos os homens e a Igreja é o Seu Corpo prolongado na humanidade, para  salvá-la.
São Pedro disse aos  judeus:
Em nenhum outro há  salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens pelo qual  devemos ser salvos (At 4,12).
Porque aprouve a Deus  fazer habitar nele toda a plenitude e por seu intermédio reconciliar consigo  todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na  cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus (Col  1,19-20).
Através da Igreja,  Cristo, Cabeça, leva a salvação a todos.
Ele é a cabeça do  corpo, da Igreja (Col 1,17).
E sujeitou a seus pés  todas as coisas, e o constituiu chefe supremo da Igreja, que é o seu corpo, o  receptáculo daquele que enche todas as coisas sob todos os aspectos (Ef  1,23).
Ecumenismo
Sabemos que o  desígnio de Deus é recapitular todas as coisas em Cristo (Ef 1,10), restaurando  e reunindo tudo sob a sua autoridade, para reconduzir o mundo a Si. Para cumprir  esse desígnio a Igreja abraça todas as dimensões da pessoa humana: ciência,  técnica, trabalho, cultura, a fim de santificá-las, impregnando-as com o  Evangelho e com a vida de Cristo. Este é um outro aspecto da catolicidade da  Igreja, que as seitas não possuem, por não estarem abertas a todos os legítimos  valores humanos. Elas são fechadas sobre si mesmas e desprezam muitos desses  valores.
A catolicidade  (universalidade) da Igreja tem como conseqüências a tarefa missionária e o  ecumenismo. Cristo mandou que a Igreja pregasse o Evangelho a todos os homens  (Mt 28,18-20). Cada cristão é responsável por essa missão que é da Igreja toda  (LG nº 17; AG nº 23).
A missão da Igreja é  transformar a humanidade toda em Povo de Deus, Corpo do Senhor e Templo do  Espírito Santo, para que em Cristo, Cabeça de todos, seja dada ao Pai e Criador  do universo toda a honra e toda a glória (LG, 17).
Daí a necessidade do  movimento ecumênico; isto é, a busca da unidade de todos os cristãos, quebrada  pelos diversos cismas. Não quer dizer apenas uma união com as "igrejas"  separadas, ou formar com elas como se fosse uma "Confederação de igrejas", onde  a Igreja católica seria apenas uma entre muitas. Não. O movimento ecumênico não  implica em relativismo religioso e moral. As verdades reveladas por Cristo à  Igreja são intocáveis, e é em torno delas que se deve formar a unidade querida  por Deus.
Na Carta Encíclica  sobre o Ecumenismo, "Ut Unum Sint" (Que todos sejam um), de 25/5/95, o Papa João  Paulo II afirma:
"...unidos na esteira  dos mártires, os crentes em Cristo não podem permanecer divididos. Se querem  verdadeira e eficazmente fazer frente à tendência do mundo a tornar vão o  Mistério da Redenção, os cristãos devem professar juntos a mesma verdade sobre a  Cruz" (UUS, 1).
E o Papa faz um  alerta importantíssimo sobre a necessidade dos cristãos, unidos, testemunharem  ao mundo a Cruz redentora de Cristo:
´´A Cruz! A corrente  anti-cristã propõe-se dissipar o seu valor, esvaziá-la do seu significado,  negando que o homem possa encontrar nela as raízes da sua nova vida e alegando  que a Cruz não consegue nutrir perspectivas nem esperanças: o homem ´´ dizem ´´  é um ser meramente terreno, que deve viver como se Deus não existisse´´ (nº  1).
A união dos cristãos  é portanto urgente e fundamental para o testemunho de Cristo ao mundo; no  entanto, não pode ser obtida ´´a qualquer preço´´, sacrificando o  essencial.
Sobre isso o Papa diz  na mesma Encíclica:
´´Não se trata, neste  contexto, de modificar o depósito da fé, de mudar os significados dos dogmas, de  banir deles palavras essenciais, de adaptar a verdade aos gostos de uma época,  de eliminar certos artigos do Credo com o falso pretexto de que hoje já não se  compreendem. A unidade querida por Deus só se pode realizar na adesão comum ao  conteúdo integral da fé revelada. Em matéria de fé, a cedência está em  contradição com Deus, que é a Verdade. No Corpo de Cristo ´´ ele que é  ´´Caminho, Verdade e Vida´´ (Jo 14,6), quem poderia considerar legítima uma  reconciliação levada a cabo à custa da verdade? A declaração conciliar sobre a  liberdade religiosa atribui à dignidade humana a procura da verdade, sobretudo  no que diz respeito a Deus e à sua Igreja, e a adesão às suas exigências.  Portanto um ´´estar juntos´´ que traísse a verdade, estaria em oposição com a  natureza de Deus, que oferece a sua comunhão, e com a exigência da verdade que  vive no mais profundo de todo o coração humano´´ (nº 18).
Essas palavras do  Papa falam por si mesmas sobre a necessidade de não se sacrificar nada do  ´´depositum fidei´´ na busca da necessária unidade.
Aos nossos bispos do  Nordeste que estiveram com o Papa, em 5/9/95, no encerramento da visita ´´ad  limina apostolorum´´ (ao túmulo dos apóstolos), após repetir as palavras já  citadas acima, João Paulo II acrescentou:
´´A inculturação do  Evangelho não é uma adaptação mais ou menos oportuna aos valores da cultura  ambiente, mas uma verdadeira encarnação nesta cultura para purificá-la e  remi-la´´ (L.R., nº 36, 9/9/95, pag.8 [420]).
´´O mesmo vale no  campo ecumênico. Com efeito, no campo da inculturação como no do ecumenismo,  nota-se uma certa facilidade com que a busca do entendimento, do acolhimento ou  da simpatia com outros grupos ou confissões religiosas tem levado a sérias  mutilações na expressão clara do mistério da fé católica, na oração litúrgica,  ou a concessões indevidas quanto às exigências objetivas da moral católica.  Ecumenismo não é irenismo (cf UR, 4 e 11). Não se trata de buscar a unidade a  qualquer preço´´ ( UR,4 e 11) (idem).
Referindo-se ao  diálogo com os irmãos separados, o Papa disse aos nossos  bispos:
´´Este diálogo, que  somente tem sentido se for uma busca sincera da verdade, poderá nos pedir que  deixemos de lado elementos secundários que poderiam constituir um obstáculo de  ordem psicológica para nossos irmãos de distintas denominações religiosas. Mas  nunca será verdadeiro, autêntico, se implicar na mais mínima mutilação duma  verdade da fé, no abandono da legítima expressão da piedade tradicional do povo  cristão ou no enfraquecimento das exigências de séculos da disciplina  eclesiástica ou das veneráveis tradições litúrgicas do Oriente, da Igreja Romana  e outras Igrejas do Ocidente´´.
A catolicidade da  Igreja está presente em cada Igreja particular, que é a diocese, com o seu Bispo  ordenado na sucessão apostólica, conforme reza o Código de Direito Canônico  (cân. 368´´369). É nas Igrejas particulares e a partir delas que existe a Igreja  católica una e única (LG, 23), pela comunhão com a Igreja de Roma que ´´preside  a caridade´´, como dizia Santo Inácio de Antioquia, já no século II. Santo  Irineu, na mesma época, dizia:
´´Pois com essa  Igreja [ a de Roma], em razão da sua origem mais excelente, deve necessariamente  concordar cada igreja; isto é, os fiéis de toda parte´´ ( Contra as heresias  3,3,2).
O testemunho dos  santos Padres é eloqüente, em favor da Igreja de Roma. O grande são Máximo  Confessor, bispo de Turim do século IV, afirmava:
´´Com efeito desde a  descida a vós do Verbo Encarnado, todas as Igrejas cristãs de toda parte  consideraram e continuam considerando a grande Igreja que está aqui [em Roma]  como única base e fundamento, visto que, segundo as próprias promessas do  Salvador, as portas do inferno nunca prevaleçam sobre ela´´ (CIC,  834).
É preciso entender  que a Igreja não é o somatório ou a federação das Igrejas particulares. Cada  Igreja particular é plenamente católica, por vocação e por missão; e a rica  variedade de ritos litúrgicos e de patrimônios teológicos e espirituais de cada  uma, como disse o último Concílio ´´mostra mais luminosamente a catolicidade da  Igreja indivisa, pela sua convergência na unidade´´ (LG, 23).
Todos os homens são  chamados a pertencerem à Igreja católica, como ensina o Concílio  (LG,13).
O Catecismo da Igreja  responde à pergunta: ´´quem pertence à Igreja Católica? ´´
´´São incorporados  plenamente à sociedade da Igreja os que, tendo o Espírito de Cristo, aceitam a  totalidade da sua organização e todos os meios de salvação nela instituídos e na  sua estrutura visível ´´ regida por Cristo através do Sumo Pontífice e dos  Bispos ´´ se unem com Ele pelos vínculos da profissão de fé, dos sacramentos, do  regime e da comunhão eclesiásticos´´ (CIC, 837).
E o Catecismo faz um  alerta muito importante:
´´Contudo, não se  salva, embora esteja incorporado à Igreja, aquele que, não perseverando na  caridade, permanece dentro da Igreja com o corpo, mas não com o coração´´ (nº  837).
Em seguida ele faz  uma síntese perfeita da razão de ser da Igreja:
´´É para reunir todos  os seus filhos ´´ que o pecado dispersou e desgarrou ´´ que o Pai quis convocar  toda a humanidade na Igreja do seu Filho. A Igreja é o lugar em que a humanidade  deve reencontrar a unidade e a sua salvação´´ (nº 845).
Santo Agostinho disse  que a Igreja é ´´o mundo reconciliado´´. Os Padres da Igreja viam´´na figurada  na Arca de Noé, a única que salva do dilúvio.
Os mesmos Santos  Padres afirmavam que ´´fora da Igreja não há salvação´´ (CIC, 846); e o  Catecismo explica o sentido dessas palavras:
´´ Formulada de  maneira positiva, ela significa que toda salvação vem de Cristo ´´ Cabeça ´´  através da Igreja que é o seu Corpo.
Apoiado na Sagrada  Escritura e na Tradição, [o Concílio] ensina que esta Igreja peregrina é  necessária para a salvação. O único mediador e caminho da salvação é Cristo, que  se nos torna presente, no seu Corpo, que é a Igreja. Ele, porém, inculcando com  palavras expressas a necessidade da fé e do batismo, ao mesmo tempo confirmou a  necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo batismo, como que por uma  porta. Por isso não podem salvar´´se aqueles que, sabendo que a Igreja católica  foi fundada por Deus através de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar  disso não quiseram nela entrar, ou então perseverar´´ (CIC, nº 846; cf LG,  14).
Mas o Catecismo  explica também que:
´´Esta afirmação não  visa àqueles que, sem culpa, desconhecem Cristo e a sua Igreja´´ (nº  847).
A Igreja sabe  que:
´´Deus pode por  caminhos dele conhecidos levar a fé a todos os homens que sem culpa própria  ignoram o Evangelho´´ (AG, 7).
Referência
Livro: ´´A MINHA  IGREJA´´ DO Prof. Felipe de Aquino
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O caráter divino da Igreja
'Onde está a Igreja aí está o Espírito Santo'
 Pela vida da Igreja, e sua história, podemos ver com clareza a sua  transcendência e divindade. Nenhuma instituição humana sobreviveu a tantos  golpes, perseguições, martírios e massacres. A sua divindade provém, antes de  tudo, d'Aquele que é a sua Cabeça, Jesus Cristo. Ele fez da Igreja o Seu próprio  Corpo (cf. Cl 1,18).
 Podemos dizer que, humanamente falando, a Igreja,  como começou, tinha tudo para não dar certo. Em vez de escolher os "melhores"  homens do Seu tempo: generais, filósofos gregos e romanos, entre outros, Jesus  preferiu escolher doze homens simples da Galileia, naquela região desacreditada  pelos próprios judeus. "Será que pode sair alguma coisa boa da Galileia?" (Jo  1,46).
Para deixar claro a todos os homens de todos os  tempos e lugares, o Senhor preferiu "escolher os fracos para confundir os  fortes" (I Cor 1,  27), e também para mostrar  que "todo este poder  extraordinário provém de Deus e não de nós" (II Cor 4,7); para que ninguém se vanglorie do  serviço de Deus.
Aqueles doze homens simples, pescadores na maioria,  "ganharam o mundo para Deus" na força do Espírito Santo, que o Senhor lhes deu  no dia de Pentecostes. "Sereis  minhas testemunhas... até os confins do mundo"(At 1, 8). Pedro e Paulo, depois de levarem a Boa  Nova da salvação aos judeus e aos gentios da Ásia e Oriente Próximo, chegaram a  Roma, a capital do mundo na época, e ali implantaram o Cristianismo. Pagaram com  suas vidas sob a mão criminosa de Nero, no ano 64, juntamente com tantos outros  mártires, que fizeram o escritor cristão Tertuliano (220) dizer que: "o sangue  dos mártires era semente de novos cristãos". Estimam os historiadores da Igreja  em cem mil mártires nos três primeiros séculos. Talvez isso tenha feito os  Padres da Igreja dizerem que "christianus alter Christus" (o cristão é um outro  Cristo).
Mas esses homens simples venceram o maior império que  até hoje o mundo já conheceu. Aquele que conquistou todo o mundo civilizado da  época, não conseguiu dominar a força da fé. As perseguições se sucederam com os  Césares romanos, até que Constantino, cuja mãe se tornara cristã, Santa Helena,  se converteu ao Cristianismo. No ano 313 ele assinava o edito de Milão,  proibindo a perseguição aos cristãos, depois de três séculos de  sangue.
Mesmo depois disso surgiu um outro imperador que quis  acabar com o Cristianismo, Juliano, mas deu-se por vencido, e no leito de morte  exclamou: "Tu venceste, ó galileu!". Por fim, por volta do ano 380, o imperador  Teodósio tornava o Cristianismo a religião do Império. Roma fora vencida pela  força da fé.
"Tu és Pedro; e sobre esta pedra edificarei a minha  Igreja [...] e as portas do inferno jamais prevalecerão contra  ela" (Mt 16,18). Depois da  perseguição romana, vieram as terríveis heresias. Já que o demônio não conseguiu  destruir a Igreja, a partir de fora, tentava agora fazê-lo a partir de dentro.  De alguns patriarcas das grandes sedes da Igreja, Constantinopla, Alexandria,  etc., surgiam as falsas doutrinas, ameaçando dilacerar a Igreja por dentro. Mas,  ao mesmo tempo, o Espírito Santo suscitava os grandes defensores da fé e da sã  doutrina, os Padres da Igreja: Inácio de Antioquia (†107), Clemente de Roma  (102), Ireneu de Lião (202), Cipriano de Cartago (258), Hilário de Poitiers  (367), Cirilo de Jerusalém (386), Anastácio de Alexandria (373), Basílio (379),  Gregório de Nazianzo (394), Gregório de Nissa (394), João Crisóstomo de  Constantinopla (407), Ambrósio de Milão (397), Agostinho de Hipona (430),  Jerônimo (420), Éfrem (373), Paulino de Nola (431), Cirilo de Alexandria (444),  Leão Magno (461) e tantos outros que o Espírito Santo usou para derrotar as  heresias nos diversos Concílios dos primeiros séculos.
Assim, foi vencido o perigo do arianismo de Ário, o  macedonismo de Macedônio, o monofisismo de Êutiques, o monotelitismo de Sérgio,  o novacionismo de Novaciano, o nestorianismo de Nestório, além de muitos erros  de doutrina.
E assim, guiada pelo Espírito da Verdade (cf. Jo  16,13), que haveria de conduzi-la "a toda a verdade", infalível e invencível, a  Igreja foi caminhando até nossos dias. Entre tantos outros combates, venceu a própria  miséria dos seus filhos, muitas vezes, mergulhados nas trevas do pecado; venceu  os bárbaros que queriam destruir Roma e a fé; venceu os iconoclastas que queriam  suprimir as imagens sagradas; venceu os déspotas e reis que queriam tomar as  suas rédeas sagradas; venceu o nazismo, venceu a força diabólica do comunismo  que fez tantos mártires; enfim, venceu... venceu... e venceu...., não com a  força das armas e do ódio, mas com a força invencível da fé e do  amor.
Certa vez Stalin, ditador soviético, para desafiar a  Igreja, perguntou quantas legiões de soldados tinha o Papa; é pena que não  sobrevivesse até hoje para ver o que aconteceu com o comunismo. Jesus deixou a  Sua Igreja na terra, como "Lumen  Gentium", a luz do mundo, até que Ele  volte. Todas as outras igrejas cristãs são derivadas da Igreja Católica; as  ortodoxas romperam com ela em 1050; as protestantes em 1517; a anglicana, em  1534, entre outras. Só a Igreja Católica existia no século I, no século V, no  século X, no século XX; só ela tem uma história ininterrupta de 20 séculos;  ensinando, sem erro, o que Cristo entregou aos Apóstolos, sem omitir nada. A  sucessão dos Papas é ininterrupta desde São Pedro. Isso é um fato inigualado por  qualquer outra instituição humana em toda a história. Por isso, nenhuma outra igreja pode pretender ser a  Igreja que Jesus fundou. Só ela é como Jesus quis: una, santa, católica e  apostólica.
A Igreja, portanto, é mais do que uma simples  instituição humana, é divina; por isso, ela é como afirmou São Paulo: "A coluna  e o sustentáculo da verdade" (cf. I Tm 3, 15). Assim como aquela coluna de fogo  guiou os israelitas no deserto, a Igreja nos guia até o céu. Os Padres da Igreja  cunharam aquela frase que ficou marcada: "Ubi Petrus, ibi ecclesia; ubi ecclesia ibi  Christus" (Onde está Pedro, está a  Igreja; onde está a Igreja está Cristo).
Santo Ireneu (140-202) dizia que "onde está a Igreja  aí está o Espírito Santo". E Santo Inácio de Antioquia (†107), já no primeiro  século, ensinava: "Onde está Cristo Jesus, aí está a Igreja Católica". No século  IV, Santo Agostinho repetia que: "Onde está a Igreja, aí está o Espírito de  Deus. Na medida que alguém ama a Igreja é que possui o Espírito Santo [...].  Fazei-vos Corpo de Cristo se quereis viver do Espírito de Cristo. Somente o  Corpo de Cristo vive do seu Espírito".



 
 
 
